Relatório da comissão de trabalho
ESTADO DE ALAGOAS
SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA SOCIAL
SUPERINTENDÊNCIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA
GABINETE DO SUPERINTENDENTE
Referência:
Diretriz do Superintendente Geral de Administração Penitenciária
O presente relatório tem como finalidade descrever as ações desenvolvidas para a elaboração da Política Ambiental da Superintendência Geral de Administração Penitenciária.
No último século, houve um grande crescimento do conhecimento humano, amplo desenvolvimento das ciências e da tecnologia. Tal progresso fez surgir indústrias, crescimento das cidades, aumento da utilização dos recursos naturais e excessiva produção de resíduos sólidos e efluentes que têm comprometido o equilíbrio da natureza.
O meio ambiente começou a sentir as consequências do progresso a qualquer custo e a dar sinais de que não estava mais suportando tanta degradação.
Só a partir de meados do século XX, a humanidade se conscientizou do problema e passou a se preocupar, buscando através da educação ambiental fazer com que a população compreenda as causas e efeitos dos problemas ambientais; previna-os e encontre soluções adequadas a cada situação, quer sejam tecnológicas, econômicas ou sociais.
O uso sustentável dos recursos naturais passou a fazer parte da agenda de discussões dos governantes e o gerenciamento eficaz do meio natural para a harmonia entre o desenvolvimento e a conservação da natureza uma exigência mundial.
Tal preocupação é comprovada pela inclusão da questão ambiental nos mais diversos dispositivos legais, tanto nacionais quanto internacionais, a exemplo do Artigo 225 da nossa Constituição Federal que diz “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. Conforme a Constituição da República é de incumbência do Estado, “controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente”.
Neste contexto, aponta-se o Setor Público como fundamental protagonista no processo de responsabilidade social e ambiental, programando ações voltadas à preservação do meio ambiente por meio de políticas públicas que venham a estimular as organizações a elaborarem projetos de responsabilidade social e ambiental, desde o processo de desenvolvimento, produção e entrega até o descarte do produto.
A demonstração de responsabilidade ambiental pela organização assume importância estratégica para seu desenvolvimento e reconhecimento positivo de sua imagem junto ao público interno e externo.
A NBR ISO 14001 estabelece que política ambiental é a declaração da organização na qual ela apresenta suas intenções e princípios em relação ao seu desempenho ambiental conforme formalmente expresso pela alta administração.
Consoante a referida norma, pode-se concluir que a política ambiental representa o comprometimento da alta administração com as suas partes interessadas em relação a assuntos ambientais, devendo ser documentada e compreendida pelos seus funcionários, incluir o compromisso pela busca da melhoria continua de seus processos, assim como o atendimento de requisitos regulamentares e a prevenção da poluição.
A Superintendência Geral de Administração Penitenciária, cônscia e de acordo com o que foi exposto, verificando a necessidade de se inserir neste contexto e de maximizar as ações de caráter ambiental por ela realizadas, ratifica seu compromisso de ser um órgão público ambientalmente responsável e, através da instituição desta comissão, avança ainda mais na consecução do objetivo de construir uma política ambiental e com ela consolidar em sua estrutura organizacional a questão do meio ambiente, agregando a ecoeficiência a sua cadeia de valores.
Através da Portaria nº 038/Igesp/11 de 23/03/11, publicada no DOE nº 058 de 29/03/11 foram nomeados os servidores Jobasine Almeida Barbosa, Cláudia Maria Aragão de Lima Vieira Gonzalez, Vanessa Paula Soares Santos de Oliveira, Hélder Accioly Bayma, Leni Alves de Almeida, Sebastião Sérgio da Silva Almeida e Marconi Henrique Cerqueira de Araújo, a título de encargo, para em comissão e sob a presidência do primeiro, elaborarem a Política Ambiental da SGAP.
Diante disto e atendendo as diretrizes estabelecidas pelo Superintendente Geral, foi traçada uma estratégia que envolveu a realização de uma pesquisa bibliográfica abrangendo os aspectos legais que embasam a questão ambiental; a aplicação de um questionário para os servidores penitenciários, visando o conhecimento de seu nível de compreensão e conscientização sobre o tema; visitas às instalações da SGAP e às organizações que desenvolvem ações ambientais.
A partir da identificação dos aspectos e impactos ambientais de maior relevância para cada setor e baseando-se na NBR ISO 14001, a Comissão buscou elaborar uma política ambiental que garanta à SGAP o alcance de um patamar adequado de sustentabilidade e sirva de orientação aos servidores para a adoção de melhores práticas socioambientais.
Neste contexto, o presente relatório descreve resumidamente os procedimentos adotados pela Comissão para a elaboração da política ambiental e oferece sugestões para a sua implantação, cuja finalidade é normatizar o manejo dos recursos naturais no Sistema Penitenciário de Alagoas.
Embora a Superintendência Geral de Administração Penitenciária tenha autonomia administrativa, suas ações devem observar os princípios e normas constitucionais, as legislações federal, estadual e municipal, procedimento que também ocorre com as políticas, projetos e programas relacionados à questão ambiental.
Na busca da fundamentação da presente proposta de política ambiental foram pesquisadas bibliografias nacionais e internacionais relativas ao meio ambiente, delas extraindo-se o subsídio teórico sobre gestão ambiental, sustentabilidade corporativa e impactos ambientais.
Dessa forma, a política ambiental da SGAP tomou como referencial legal os seguintes dispositivos, dentre outros:
a. Direito Ambiental Internacional - Resoluções, Declarações e Decisões
Assembléia-Geral das Nações Unidas (Resoluções nº 2.994/XXVII e 2.996/XXVII, de 15 de dezembro de 1972 - aprova a Conferência sobre o Meio Ambiente Humano, Estocolmo, de 16 de junho de 1972.
Resolução nº 3.281 (XXIX) da ONU - "Carta dos Direitos e Deveres Econômicos dos Estados"- art. 3º - reitera os princípios de informação e consulta prévia adotados pela Resolução 3.129 (XXVIII), e de "não causar danos aos legítimos interesses de outros Estados".
Resolução 37/7 da Assembléia-Geral das Nações Unidas, de 28.10.1982 - aprova a "Carta Mundial da Natureza" - dispõe sobre as Diretrizes e Princípios de Direito Ambiental.
Lei nº 6938, de 31 de agosto de 1981 - Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação, e dá outras providências.
Art. 2º - dispõe que a Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivos a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental.
-
CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente
Resolução Conama nº 1, de 23 de janeiro de 1986 - Define Impacto Ambiental, Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental e demais disposições gerais.
Resolução Conama nº 6, de 15 de junho de 1988 - No processo de Licenciamento ambiental de Atividades Industriais os resíduos gerados e/ou existentes deverão ser objetos de controle específico.
Resolução Conama nº 5, de 5 de agosto de 1993 - Resíduos Sólidos - definição de normas mínimas para tratamento de resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde, portos e aeroportos. bem como a necessidade de estender tais exigências aos terminais ferroviários e rodoviários.
-
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
Gerais
NBR 10.004 - Resíduos Sólidos – Classificação.
NBR 10.005 - Lixiviação de Resíduos/Procedimentos.
NBR 10.006 - Solubilização de resíduos/Procedimentos.
NBR 10.007 - Amostragem de resíduos/Procedimentos Aterros Sanitários/Industriais.
NBR 10157 - Aterros de Resíduos Perigosos - Critérios para Projeto, Construção e Operação.
NBR 8418 - Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais perigosos.
NBR 8419 - Apresentação de Projetos de Aterros Sanitários de Resíduos Urbanos.
Tratamentos de Resíduos
NB 1265/ NBR 11175 - Dezembro/89. Incineração de resíduos sólidos perigosos - Padrões de desempenho.
Armazenamento/Transporte
NB 1183 - Novembro/88 - Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos.
NB 1264 - Armazenamento de Resíduos: Classe II - Não Inerte e III - Inertes
Diversas
NBR 9897 - Planejamento de Amostragem de Efluentes Líquidos e Corpos Receptores
NBR 12807 - Resíduos de Serviços de Saúde - Terminologia
NBR 12809 - Manuseio de Resíduos de serviços de Saúde
NBR 12810 - Coleta de Resíduos de Serviços de Saúde
Para que a Comissão pudesse projetar uma perspectiva da adesão e comprometimento dos servidores penitenciários com a política ambiental proposta, primeiro foi preciso identificar o seu nível de conhecimento, compreensão e conscientização do que é um sistema de gestão ambiental, o que se obteve através da aplicação de um questionário distribuído aos vários setores da SGAP.
O questionário foi aplicado a todos os níveis hierárquicos da SGAP, sendo respondido por diretores, gerentes, chefes, assessores técnicos e administrativos, agentes e prestadores de serviço, envolvendo unidades prisionais, setores de transporte, compras, administrativo, manutenção, segurança e inteligência, saúde, educação e laborterapia.
Tal instrumento de pesquisa possibilitou o estabelecimento do marco inicial da instituição quanto à atitude de seus funcionários no uso dos recursos naturais e sua percepção do papel desempenhado pela SGAP, enquanto setor público co-responsável pela preservação do meio ambiente. A análise qualitativa dos dados compilados após a pesquisa nos permite afirmar de forma resumida que, em sua maioria, os servidores penitenciários têm a seguinte opinião sobre os temas abaixo elencados:
Consideram importante a adoção de uma política ambiental por parte da instituição, mas não têm conhecimento de que a SGAP possua uma política definida e voltada para o meio ambiente, nem observam um comprometimento dos colegas e superiores com a causa ambiental no seu setor de trabalho.
Consideram importante que a instituição identifique as atividades que causam impactos ao meio ambiente e desenvolva ações para eliminá-los ou minimizá-los, mas não têm conhecimento de quais as atividades realizadas pela SGAP geram impactos considerados críticos para o meio ambiente.
Desconhecem os objetivos e metas ambientais da SGAP e nem sabem dizer se ela os incorpora ao planejamento de suas ações.
d. Programa de Gerenciamento Ambiental
Não é de seu conhecimento que a SGAP mantenha programa de controle das emissões atmosféricas, programa de controle da qualidade das águas que são lançadas nos receptores e programa de diminuição dos gastos com energia elétrica e o desperdício de água.
Consideram importante um melhor gerenciamento na questão do descarte dos resíduos produzidos no Sistema Prisional, mas não sabem como seu setor de trabalho pode contribuir especificamente para esta questão.
Não observam um direcionamento específico de recursos financeiros para programas ambientais por parte da SGAP.
e. Estrutura e Responsabilidade
Não identificam na instituição nenhum grupo de pessoas, setor ou departamento estruturado e voltado para desenvolver ações pertinentes à questão ambiental, nem sabem a quem recorrer em caso de problemas ambientais no Sistema Prisional.
Não fizeram nenhuma capacitação pela SGAP, envolvendo tema relacionado ao meio ambiente, nem sabem dizer se há treinamentos mais voltados a conscientização ambiental.
Não observam a realização ou divulgação de campanhas ambientais por parte do setor de comunicação, seja através do site, intranet, panfletos ou cartazes.
Consideram regular o seu nível de consciência ambiental, tomando por base suas ações no ambiente de trabalho e no ambiente familiar.
Fundada em 1925, no município de Coruripe - AL, a Usina Coruripe é uma empresa familiar, de capital fechado, integrante do Grupo Tércio Wanderley, desde 1941. Tem como atividades a produção de açúcar, álcool e energia, através de suas quatro unidades: a Matriz, com sede em Coruripe - AL, e três filiais localizadas nos municípios de Iturama, Campo Florido e Limeira do Oeste, em Minas Gerais.
A Matriz – maior indústria produtora de açúcar e álcool do Norte / Nordeste – tem área de aproximadamente 36 mil hectares de terras próprias. Destes, 28 mil são utilizados para o cultivo da cana-de-açúcar e o restante são áreas de preservação ambiental. As filiais são também complexos industriais de grande importância para a região em que estão inseridas.
A empresa gera atualmente cerca de 7.000 empregos diretos e 35.000 indiretos. Investe no planejamento e execução de projetos educacionais, culturais e ambientais em parceria com autoridades locais, lideranças comunitárias, instituições sociais e de ensino.
Sua escolha por parte da Comissão se deu em virtude de todos os investimentos que a empresa tem feito na preservação do meio ambiente e no bem-estar social da comunidade, o que foi reconhecido através de certificações e prêmios conquistados, tais como:
-
ISO 14001 - Coruripe Matriz - AL;
-
ISO 9001 - Filial Iturama - MG;
-
OHSAS 18001 - Filial Iturama - MG;
-
ISO 14001 - Filial Iturama - MG;
-
ISO 9001 - Filial Campo Florido - MG;
-
ISO 9001 - Filial Limeira do Oeste - MG;
-
Conquista do 7° Prêmio FORD de Conservação Ambiental;
-
Título de Posto Avançado da Mata Atlântica pela UNESCO;
-
Prêmio Vida Verde da Prefeitura de Coruripe;
-
Reserva Particular do Patrimônio Natural do Ministério do Meio Ambiente;
-
Prêmio Verde da Américas, na categoria "Desenvolvimento Sustentável".
Sede da Usina em Coruripe.
Entrada da Usina (Placa de Identificação da política ambiental).
Localizada no município de Coruripe, em Alagoas, a unidade matriz da Usina Coruripe destaca-se pela sua forte presença econômica e sócio ambiental nas regiões onde atua. Maior indústria produtora de açúcar e álcool do Norte/Nordeste, a empresa alia produção, qualidade e responsabilidade social.
Na visita realizada no dia 30 de março do corrente, a Comissão foi muito bem recebida pelos senhores Adalberto Oliveira e Allan Henrique Pedrosa, respectivamente Coordenador de Recursos Humanos e Supervisor de Gestão Ambiental da Usina Coruripe.
Logo de início, o Sr. Adalberto recepcionou a equipe em sua sala e fez a explanação da estrutura geral da empresa e as atividades por ela desenvolvidas tanto em nosso Estado quanto fora dele.
Através dessas informações a equipe tomou conhecimento que a Usina Coruripe utiliza tecnologia de ponta em todas as etapas de produção. Que as caldeiras, a geração de vapor, de energia elétrica, as moendas, o tratamento do caldo e o xarope são exemplos de processos automatizados, controlados e gerenciados por um computador. Que a lavagem da cana é efetuada em um sistema de tratamento de água em circuito fechado e os processos de transporte, de embalagem e de empacotamento do açúcar são efetuados sem contato manual, cujo objetivo é assegurar a qualidade dos produtos e a preservação do meio ambiente.
Em seguida, o Sr. Allan conduziu a Comissão até uma sala de reuniões onde fez uma apresentação da política ambiental da empresa.
Localizada no município de Coruripe, em Alagoas, a unidade matriz da Usina Coruripe destaca-se pela sua forte presença econômica e sócio ambiental nas regiões onde atua. Maior indústria produtora de açúcar e álcool do Norte/Nordeste, a empresa alia produção, qualidade e responsabilidade social.
Na visita realizada no dia 30 de março do corrente, a Comissão foi muito bem recebida pelos senhores Adalberto Oliveira e Allan Henrique Pedrosa, respectivamente Coordenador de Recursos Humanos e Supervisor de Gestão Ambiental da Usina Coruripe.
Logo de início, o Sr. Adalberto recepcionou a equipe em sua sala e fez a explanação da estrutura geral da empresa e as atividades por ela desenvolvidas tanto em nosso Estado quanto fora dele.
Através dessas informações a equipe tomou conhecimento que a Usina Coruripe utiliza tecnologia de ponta em todas as etapas de produção. Que as caldeiras, a geração de vapor, de energia elétrica, as moendas, o tratamento do caldo e o xarope são exemplos de processos automatizados, controlados e gerenciados por um computador. Que a lavagem da cana é efetuada em um sistema de tratamento de água em circuito fechado e os processos de transporte, de embalagem e de empacotamento do açúcar são efetuados sem contato manual, cujo objetivo é assegurar a qualidade dos produtos e a preservação do meio ambiente.
Em seguida, o Sr. Allan conduziu a Comissão até uma sala de reuniões onde fez uma apresentação da política ambiental da empresa.

Em sequência foram visitadas as instalações da área administrativa, onde foi verificada a aplicação da política ambiental na prática, através da coleta seletiva do lixo pelos diversos setores, do paisagismo, do cuidado na manutenção das plantas, do reaproveitamento de materiais, como por exemplo, pneus para a confecção de cadeiras e centros, dentre outros, e principalmente do nível de conscientização ambiental demonstrado pelos funcionários.
Todos esses investimentos em recursos humanos e tecnológicos fizeram da Usina Coruripe Matriz a maior indústria produtora de açúcar e álcool do norte/nordeste. Com área de 36 mil hectares de terra própria, a empresa alia produtividade, respeito ao meio ambiente e responsabilidade social, o que lhe rendeu o certificado internacional de respeito ao meio ambiente ISO 14001 para as áreas Industrial, Agrícola e Administrativa.
Pontos de coleta seletiva na área administrativa da Usina.

Pontos de coleta seletiva na área administrativa da Usina.
Depois disso, a Comissão se dirigiu a área de destinação dos resíduos da empresa, onde funciona um galpão de reciclagem de materiais. Ali foram explicados todos os procedimentos adotados pela empresa para o recolhimento dos resíduos separados na coleta seletiva e sua condução para a área de reciclagem.
De acordo com os dados estatísticos informados, a relação custo x benefício da implantação de uma coleta seletiva e reciclagem é economicamente vantajosa para a instituição, revelando sua preocupação com o desenvolvimento sustentável.
E é justamente na força do desenvolvimento sustentável que o Grupo Tércio Wanderley planta seus melhores investimentos, onde de um lado a empresa busca ser cada vez mais produtiva e do outro se mantém ciente de que o lucro só deve ser obtido em harmonia com o meio ambiente.
Galpão de Reciclagem, na Usina.
Tonéis de separação de resíduos líquidos.
Durante a visita, ficou nítido para a Comissão que preservar o meio ambiente através do reaproveitamento dos recursos renováveis é uma das filosofias da usina e a inovação uma de suas principais ferramentas para aliar qualidade, economia e ecologia.
Materiais separados para a reciclagem.
Baias de separação de materiais e prensa (ao fundo).
Para a construção da política ambiental da SGAP, a visita a Usina Coruripe trouxe resultados extremamente vantajosos. Através dela pode-se perceber a importância de a instituição ter uma política própria de proteção ao meio ambiente, através da qual passa a se empenhar na proteção da biodiversidade e dos ecossistemas existentes e de forma sustentável a preservar a natureza sem se esquecer do lado social.
Suas atitudes em defesa do meio ambiente e do uso racional dos recursos biológicos fizeram com que a empresa fosse reconhecida internacionalmente, o que só pôde ser conquistado com a participação e empenho efetivos de todos os setores da usina.
3.1 Instituto do Meio Ambiente – IMA
O IMA, Órgão Ambiental de Alagoas, criado em 1975, por meio da Lei Estadual n° 3543 de 30.12.75, cujo nome inicial foi Coordenação do Meio Ambiente - CMA e estava ligado ao gabinete do Secretário de Planejamento, foi escolhido pela Comissão para ser visitado por ter jurisdição em todo o território alagoano e ser responsável pela execução da política estadual de meio ambiente, entendendo-a como um conjunto de normas, planos, programas e outros instrumentos de proteção ambiental.
Sofreu sua primeira modificação por meio da Lei Estadual n° 4986, de 16.05.88, ascendendo em “status” e tomando a forma de Autarquia Estadual, com personalidade jurídica de direito público, com autonomia patrimonial, financeira e operacional.
Ao longo do tempo, tem buscado a observância da legislação ambiental, a educação e conscientização da comunidade quanto à necessidade de zelar pelos recursos naturais e pela melhoria da qualidade de vida, estando inserido no SISNAMA - Sistema Nacional do Meio Ambiente, na condição de Órgão Seccional.
A partir da edição da Lei Delegada N° 32, de 23 de Abril de 2003, que criou e disciplinou a estrutura da Secretaria Executiva de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Naturais - SEMARHN, o IMA passou a ter vinculação com essa nova Secretaria, mantendo, entretanto, as características originais de Autarquia com autonomia administrativa.
Recentemente uma nova modernização foi feita por meio da Lei Delegada nº 44, de 08 de abril de 2011, dando agilidade nas ações do Instituto.
A Comissão foi muito bem recebida pelos senhores Adriano Augusto de Araújo Jorge e Fernando Veras, respectivamente Diretor Presidente e Diretor de Desenvolvimento e Pesquisa.
O Presidente do IMA, Sr. Adriano Augusto de Araújo Jorge, após o se inteirar do escopo da visita, mostrou-se totalmente disposto a colaborar com a construção da política ambiental da SGAP e como prova disso, disponibilizou toda a sua equipe técnica para prestar assessoria à Comissão.
Depois disso, fomos encaminhados ao Sr. Fernando Veras, Diretor de Desenvolvimento e Pesquisa, que fez a apresentação da estrutura e dos principais projetos desenvolvidos pelo IMA.
Por fim, ficou estabelecido que o Presidente do IMA e sua equipe técnica fariam uma visita a SGAP para conhecer a realidade do Sistema Prisional e as ações ambientais que nele estão sendo realizadas, a partir do que se firmariam parcerias para o a execução de projetos envolvendo as duas instituições. A referida visita foi realizada no dia 11 de abri deste ano e teve o seguinte roteiro:
-
Recebimento da equipe do IMA pelos membros da Comissão;
-
Apresentação do que é o Sistema Prisional e as atividades desenvolvidas nas Oficinas de Laborterapia;
-
Apresentação do projeto de ressocialização a ser implantado na Unidade de Ressocialização da Capital;
-
Visita às instalações da Unidade de Ressocialização da Capital;
-
Visita às Oficinas de Laborterapia;
-
Visita à Indústria do Conhecimento;
-
Visita às Oficinas de Horta e Piscicultura;
-
Almoço; e
-
Estabelecimento de parcerias.
Reunião da Sede do IMA com o técnico Fernando Veras.
Visita à oficina de corte e costura.
Na Fábrica de Esperança foram apresentados os trabalhos de laborterapia desenvolvidos nas oficinas de confecção, serigrafia, artesanato e marcenaria, além da fábrica de bolas, da padaria, da horta e da criação de peixes em tanques.
Visita à oficina de confecção de bolas.

Visita à oficina de confecção de bolas.
A equipe do IMA, através desta visita, teve a dimensão do tamanho do Complexo Prisional de Alagoas, que somente na Capital do Estado, abrange uma área de 120 hectares, sob a qual existe todo um lençol freático e cuja água é utilizada pelo Sistema Penitenciário.
Nesta área, uma população de milhares de pessoas, entre servidores, reeducandos e visitantes, produz toneladas de lixo e esgoto, o que justifica a preocupação da Superintendência Geral de Administração Penitenciária com a preservação desse meio ambiente.

Visita à oficina de artesanato.
Visita à horta e a pisicultura experimental.
A visita ao IMA foi bastante proveitosa, trazendo resultados práticos e imediatos para a SGAP. Através dela ficou estabelecido que as faixas e camisas para os eventos realizados pelo IMA, a exemplo da Semana do Meio Ambiente, seriam confeccionadas pelos reeducandos nas Oficinas de Laborterapia e que o Instituto promoveria um dia de atividades de conscientização ambiental no Sistema Prisional para os filhos dos reeducandos, a chamada gincana ecológica.
Além disso, a partir de agora fica firmado o compromisso de realização de uma série de atividades como consultorias, palestras, oficinas, capacitações, projetos de coleta seletiva de lixo, horta hidropônica, entre outras, destinadas aos integrantes da SGAP.
1. DA IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO
As organizações estão cada vez mais preocupadas em ter um bom desempenho ambiental, controlando seus processos e diminuindo a possibilidade de impactos ambientais. Elas estão sendo cobradas para que adotem políticas ambientais e alinhem seus objetivos organizacionais com objetivos ambientais, seja pela legislação, por suas partes interessadas e principalmente pelo mercado, que exige cada vez mais transparência e ações relacionadas às questões ambientais e ao desenvolvimento sustentável.
A Comissão procurou desenvolver uma política ambiental que expresse a preocupação da instituição com a preservação da natureza e seu desejo de buscar a excelência ambiental, guiando-se pelos princípios da sustentabilidade, transversalidade, integração e educação, bem como pelas diretrizes da compatibilização das atividades com o meio ambiente, o compromisso pleno com a natureza, a construção de uma cultura organizacional voltada para as questões ambientais e a busca da tecnologia como forma de minimizar o impacto da atividade humana sobre os recursos naturais.
A partir de agora, baseados em todos os levantamentos feitos, passamos a discorrer sobre os principais pontos abordados na política ambiental proposta, bem como, apresentamos as sugestões que achamos pertinentes para torná-la uma realidade.